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Homenagem a Jurandyr Bueno

outubro 6, 2009

Uma mostra de arquitetura e decoração sediada em Bauru não poderia deixar de homenagear o arquiteto Jurandyr Bueno, que inspirou o surgimento de vários profissionais da área, contribuindo para que a região se tornasse um verdadeiro celeiro de talentos.

Ele morreu no dia 6 de fevereiro deste ano, deixando uma considerável herança para a arquitetura brasileira e, sobretudo, para Bauru. Por tudo isso, o anuário do Interior Decor Bauru vai trazer uma reportagem especial sobre a vida de Jurandyr.

DSC04181Para conhecer mais o trabalho do arquiteto, nós conversamos com Carlos Alberto Borges, o Beto, ex-sócio e amigo, que acompanhou boa parte das ideias e do processo criativo desse “visionário maluco”, como ele mesmo definiu. Afinal, não é qualquer um que encara construir uma avenida com 6,7 quilômetros de extensão “no meio do nada”.

À primeira vista, uma grande loucura, economicamente impossível, de utilidade improvável. Mas, estamos falando da Nações Unidas, que se tornou a espinha dorsal do trânsito bauruense.

Na parede do escritório onde Beto nos esperava para a entrevista, este quadro.

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Seria apenas mais um quadro bem elaborado, se não houvesse um dado curioso que dá ainda mais charme à obra: Ele foi feito por Jurandyr quando ele tinha apenas 16 anos de idade. Isso mesmo, 16 anos e uma noção perfeita da anatomia humana, domínio do grafite, porte de artista experiente. Um pouco do perfil de toda essa genialidade, você fica sabendo com exclusividade aqui no blog, ouvindo um trechinho da nossa entrevista.

Clique aqui para ouvir!

 Quer saber mais? Vem aí o anuário do Interior Decor 2009!

 

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Sucesso é ser feliz!

setembro 23, 2009

De uma fenda que restou do que o ser humano construiu, uma luz intima o homem. Atônito, altivo, perplexo e distraído, ele observa o vazio vermelho e tenso, sem horizonte. Mas… a natureza, sem intenção, ignora a cena. Na sombra da sombra, vitoriosa, ela renasce.

cardz frente2 O quadro está na entrada do home-office projetado pelo arquiteto Gabriel Ishida, especialmente para o Interior Decor. A imagem – intitulada “O poder da ausência” – retrata tudo aquilo que o ambiente NÃO pretende estimular: o pesar do trabalho, tantas vezes estressante, rotineiro, que desgasta o homem pela falta do prazer em realizar. Afinal, sucesso é ser feliz, e a felicidade pode ter tantos caminhos quanto as interpretações possíveis dessa obra. Como o próprio Gabriel diz, “luxo é ser, não exatamemente ter posse. Ou, ter posse do ser. Assim, cada cantinho é um estado de arte inigualável, como todas as individualidades”.

gabrielEmbora esteja sempre em contato com a parte burocrática da profissão, o trabalho de Gabriel é essencialmente artístico e respira liberdade. Os quadros, feitos por encomenda, desconcertam e mexem com as estruturas já no esboço. Parece uma realidade diária distante de muitos executivos. Mas, com um escritório zen, funcional, prático, lado a lado com a natureza, ele mostrou que é possível trabalhar com produtividade e prazer em qualquer função. “Graças à tecnologia, tudo está ao alcance de um clique: as estações de trabalho estão conectadas à casa, permitindo o conforto e a convivência com a família e renovando o núcleo de vivência e prazer social”, explica.

Nesse contexto, a biblioteca se transforma em uma sala de pensamento, anexa ao escritório. Elimina a poeira de livros velhos, lançando boa parte da informação ao pdf e aos amigos. Muitos diriam que a intenção desprestigia a magia do livro. Mas, o espaço de meditação sugere que, em um mundo onde prevalece a cópia e a síntese, há necessidade de valorizar conhecimentos novos. É preciso construí-los antes de disseminá-los. Por isso, o que importa aqui é o conteúdo, a sensação, o contato, mais do que a aparência. É desse processo que surgem novas ideias. quadro azul net2

Ideias que podem mudar os rumos da humanidade? Quem sabe… Tudo é possível quando a respiração é azul, o vazio leve, o horizonte branco… Como no quadro “Inspiração”.

Ficou curioso?

 A mostra Interior Decor 2009 vai até o dia 25 de outubro! Esperamos você!

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Que tal um cinema em casa?

setembro 8, 2009

 

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Que cinéfilo nunca sonhou em ter um cineminha em casa? A designer de interiores Izabel Silvestre já teve esse sonho e está realizando, em partes, na casa do Interior Decor. Ela diz “em partes” porque ainda não é na casa dela, né… Mas, para quem tem a vontade e a possibilidade de fazer o sonho acontecer, Izabel traz algumas dicas úteis que abrem a sessão:

 

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Não saia comprando equipamentos isoladamente, gastando dinheiro à toa e ficando com uma miscelânea de coisas sem conexão. Dessa forma, o resultado pode não ser o esperado.

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Defina o local onde irá montar a sala de cinema: Pode ser uma sala fechada ou integrada a outros ambientes, mas irá precisar de um projeto de áudio e vídeo composto de imagens digitais e analógicas com qualidade de som surround – aquela que proporciona a sensação de estar dentro do filme. Para isso, é necessário TV, receiver, caixas acústicas, gerador de imagem e som, além, é claro, das variadas possibilidades de automação de tudo isso – tudo ao toque do celular!

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A tela da tevê é um ponto em destaque, já que todos acham que quanto maior melhor… Mas, não é bem assim: uma tela muito grande em uma sala pequena gera uma imagem distorcida aos olhos e acaba causando mais dor de cabeça do que satisfação. Respeite as proporções:

  

  

Para salas de até 12m²: TV de 29 a 34 polegadas.

Para salas de até 24m²: TV de 34 a 40 polegadas

Para salas de até 36m²: TV de 40 a 70 polegadas

Para salas de até 60m²: Projetor de 72 a 100 polegadas.

 

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Procure estofados confortáveis, com apoio para os pés. Você pode até instalar poltronas iguais às de cinema mesmo (ficaria um show!), com lugar para todos da casa e algumas reservas para convidados e quem mais chegar…

 

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Claro, não se esqueça de deixar à mão: meias, cobertor, pipoquinha esperta com refri, chocolatinho, balinhas de goma… 

Pode chegar que a sessão vai começar!

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Livre como o canto

setembro 3, 2009

 

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Sala de Música

by Athie Henrique

 

Por que a gente tem mania de virar pro artista e perguntar:

“Qual é o conceito da sua obra?”

A gente não sabe que a arte é livre e qualquer definição se torna limitante?

Então, porque a gente insiste?

Porque a gente quer saber, oras!

Passamos a vida tentando definir aquilo que inquieta, justamente pra aquietar um pouco.

Aí, mesmo sabendo que a pergunta é chata, eu viro pro Athie e lanço a pérola: qual o conceito da sua obra? Justo pro Athie, responsável pela sala de música do Interior Decor – sim, música, outra arte que transpira liberdade.

E o que ele diz?

“Meu ambiente não tem como ser dito. Ele tem que ser visto, ouvido e sentido.” 

Pô, Athie! Facilita! Isso a gente já sabia! Mas estamos curiosos, adianta aí um pouco do que vai rolar, vai…

2009_0519010011[1]Legal, iluminou um pouco as ideias. Essas lanternas foram criadas pela designer Jacqueline Terpins, que costuma fazer milagres em vidro. É a parte moderna da sala de música. A outra parte é clássica. Dos tempos da vovó. Ou dos tempos da tropicália? Perae, o futuro já chegou? Aquieta a gente, Athie! Como você explica isso tudo?

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“Projeto contemporâneo com uma linguagem atemporal. Clássico com um toque de modernidade. Mistura do sofá da vovó com a poltrona anos 60 e o rádio geração 2010. Materiais diversos que privilegiam a natureza, o atual e o antigo: pele bovina, espelho, madeira, mármore, peças em ferro folheadas a ouro. Por isso, pode figurar em qualquer paisagem: tanto na casa de campo quanto em um apartamento no centro de São Paulo.”  

 

Melhorou, né? A gente espera pra ver, sentir, tocar e ouvir. Até dia 18! 

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Entre pedras e flores

agosto 26, 2009

Ontem fizemos uma rápida visitinha na casa do Interior Decor Bauru. Entre tijolos, cimentos, barulho de serralheria, marcenaria e coisas do tipo, vejam o close singelo que conseguimos por lá:

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As obras estão a todo vapor… As pedras estão por todo lado… Mas, ainda assim, sobra espaço para as flores. Mesmo em um cenário rústico, elas não perdem a majestade. Insistem em nascer e nos presentear com um pouco de graça.

Então, lembramos da Av. Nações Unidas, do Parque Vitória Régia, da Praça das Cerejeiras, e tantos outros lugares de Bauru que transmitiriam uma mensagem fria se não fossem as flores. E o que seria a Avenida Paulista, em São Paulo, sem o Parque Trianon? O verde parece se intrometer no cenário das grandes pontes, do asfalto abundante, dos arranha-céus. Quem dera se todas as intromissões fossem bem vindas assim!

No paisagismo e na arquitetura de interiores, a tendência se mantém. Quantas não são as casas tomadas por jardins internos, que desconstroem horizontalidades, cores frias e ambientes tensos? O próprio Interior Decor vai acontecer em uma casa de campo. Com certeza, a modernidade dos cômodos fará um casamento perfeito com o surpreendente lifestyle da natureza.

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Antes das obras, a casa do Interior era assim. O novo projeto paisagístico vai preservar a beleza do verde que cerca a construção

E em sua volta, há jardins?